Orçamento familiar: como calcular o seu?

orçamento familiar

Família… Como algo pode ser tão dispendioso? Contas para cá e contas para lá, mas será que não existe forma de simplificar tudo isto? Na verdade, existe: o orçamento familiar.

Ao utilizar essa técnica você consegue, principalmente, tomar conta dos gastos de uma forma mais responsável e assim poupar bem mais.

Quer saber o que é um orçamento, como fazer o seu e por onde começar? Basta continuar lendo, iremos te ajudar nisso e muito mais!

O que é um orçamento familiar?

Todos os meses você tem gastos fixos e variáveis, certo? Sejam eles referentes ao aluguel, contas de água, luz, comida ou até mesmo lazer. Um orçamento é o que define quanto será gasto por mês, onde será gasto e como será gasto.

Lembrando que, pessoas que vivem juntas e dividem os gastos já podem se enquadrar no orçamento familiar.

Além disso, o orçamento familiar pode incluir alguma meta da família ou indivíduo (caso o orçamento seja pessoal). Essa meta ou objetivo pode ser de curto, médio ou longo prazo.

Orçamento familiar e pessoal: quais as diferenças?

Acima você já pôde descobrir um pouco mais sobre o orçamento familiar, mas, e se eu te dissesse que também existe a possibilidade de um orçamento pessoal?

Caso você more sozinho, ou até mesmo integre uma família, e pague as próprias contas, o orçamento pessoal pode ser de grande ajuda.

Neste tipo de orçamento, assim como o nome diz, você pode fazer tudo individualmente. Seus gastos, suas metas e claro, seu orçamento.

Com ele você pode ainda aproveitar para planejar a sua aposentadoria, reserva de emergência, investimentos e financiamentos.

No entanto, devemos ressaltar que os orçamentos destacados se complementam. Ou seja, você pode ter orçamento pessoal e também familiar.

Como organizar o orçamento familiar em poucos passos

Sei que você já deve estar curioso para dar os primeiros passos em relação ao orçamento familiar. Isso é normal! Portanto, quero de uma vez por todas te ensinar.

Separei em 5 pequenos e fáceis passos para que todos entendam a informação e claro, ter um maior controle financeiro.

Passo 1: decida como irá dividir o seu orçamento pessoal e familiar

Para começar é importante que todos os que morem em sua casa se reúnam para decidir quais serão as divisões do orçamento.

Isto é, decidir como as despesas gerais devem ser divididas por cada participante. Existem algumas formas de as dividir, como:

  • Proporcional ao ganho de cada um: nesta forma de dividir cada membro familiar comparticipa com valores proporcionais ao ganho. Se A ganha R$ 1.500 e B ganha R$ 2.000, B participa com mais despesas. Neste caso, em concreto, A pagaria 42,86% das despesas e B 57,14% das despesas.
  • De forma igualitária: quando se decide dividir as despesas de forma igualitária, não existe segredo. É sempre dividido igualmente para o número de integrantes da família. Neste caso, A paga 50% e B também paga 50%.
  • Orçamento geral: não tão usada, mas igualmente boa, esta forma faz com que todos juntem os seus rendimentos, paguem as contas e em seguida o que sobrar seja dividido em partes iguais. Se A ganha R$ 1.500 reais e B ganha R$ 2.000 e as contas ficarem em R$ 1.500, sobram R$ 1.000 para cada um.

Passo 2: anote as despesas e divida por categorias

Ainda com a família reunida, é necessário começar a tomar nota de todas as despesas fixas e variáveis da casa. Elas podem ser divididas em:

  • Gastos essenciais: aqui cabem todas as despesas para a sobrevivência da família. Entram despesas como: alimentação, água, eletricidade, aluguel, transporte entre outras.
  • Gastos necessários: despesas que não são tão importantes quanto as essenciais, mas são totalmente necessárias para o seu padrão de vida. Podem se encaixar, por exemplo: academia, mensalidades da escola, planos de saúde entre outros.
  • Gastos supérfluos: sabe aquela Netflix ou o delivery do final de semana? Se encaixam aqui. Tudo o que é para o seu lazer ou supérfluo como, por exemplo: roupas, saídas, restaurantes, streaming entre outros.
  • Financiamentos e outras dívidas: esta secção depende de como vocês dividem o vosso orçamento, mas caso exista uma dívida familiar que todos pagam é importante anotar valores de parcelas, taxas de juros e vencimento.

Por fim, não se esqueça, o ideal neste passo colocar tudo em uma planilha ou em um papel, para que você tenha controle.

Passo 3: hora de somar tudo o que vocês ganham

Sabemos que não é apenas o salário que oferece renda na maioria das famílias. Portanto, precisamos somar todas as fontes de renda que a sua família tem. Isso incluí:

  • Renda extra;
  • Salários;
  • Pensões;
  • Investimentos;
  • Aluguéis (caso possua imóveis);
  • Bonificações e premiações;
  • Auxílios governamentais.

Passo 4: organize tudo isso em uma planilha

Lembra que lá em cima eu disse ser importante ter tudo anotado? Nada melhor do que uma planilha para isso. Você tem várias opções: criar uma planilha, imprimir, escrever à mão em um caderno ou baixar nossa planilha!

Sim, para te ajudar fizemos uma planilha para orçamento familiar própria do Finanzio que pode ser uma excelente forma de começar a gerir as suas finanças.

Se quiser facilitar as anotações e o preenchimento da planilha, deixe a encargo de um membro da família por mês. Isso pode aliviar a carga e dividi-la entre todos.

Passo 5: defina quais são as metas pessoais ou familiares

Por fim, mas não menos importante, chegou a hora de definir as metas pessoais ou familiares. Metas, essas, devem ser incluídas no orçamento pessoal e familiar.

Mesmo que todos vivam juntos e dividam as despesas, cada um tem seus sonhos, metas ou objetivos e claro que devem ser considerados.

Imagine que uma pessoa quer fazer faculdade, mas, ao mesmo tempo, a família quer comprar uma casa. Todos os objetivos são importantes, então é necessário encontrar uma forma de conciliar tudo. Para facilitar você pode dividir os objetivos em prazos:

  • Curto prazo: objetivos até dois anos;
  • Médio prazo: objetivos entre três e cinco anos;
  • Longo prazo: objetivos que durem mais de cinco anos.

Orçamento familiar: exemplo concreto

Para te ajudar a entender ainda mais separamos um exemplo fictício de um orçamento familiar. Olha só:

Receita

  • Salário Líquido do Adulto 1: R$ 5.000
  • Salário Líquido do Adulto 2: R$ 3.500
  • Outras Receitas (ex.: Freelance, Investimentos): R$ 500

Total de Receitas: R$ 9.000

2. Despesas Fixas

  • Moradia (Aluguel/Financiamento): R$ 2.500
  • Condomínio: R$ 300
  • Energia Elétrica: R$ 200
  • Água: R$ 100
  • Internet e TV a cabo: R$ 150
  • Telefone Celular: R$ 200
  • Plano de Saúde: R$ 800
  • Seguro de Carro: R$ 150
  • Transporte (Combustível e Transporte Público): R$ 500
  • Educação (escola, material escolar): R$ 1.000
  • Outros (assinaturas, serviços, etc.): R$ 300

Total de Despesas Fixas: R$ 6.200

3. Despesas Variáveis

  • Supermercado: R$ 1.500
  • Lazer (cinema, jantar fora, etc.): R$ 300
  • Roupas: R$ 200
  • Cuidados pessoais (cabeleireiro, cosméticos, etc.): R$ 200
  • Manutenção da casa (produtos de limpeza, pequenos reparos): R$ 100

Total de Despesas Variáveis: R$ 2.300

4. Poupança e Investimentos

  • Reserva de Emergência: R$ 300
  • Investimento para Aposentadoria: R$ 200

Total de Poupança e Investimentos: R$ 500

Resumo Final:

  • Receita Total: R$ 9.000
  • Despesas Fixas: R$ 6.200
  • Despesas Variáveis: R$ 2.300
  • Poupança e Investimentos: R$ 500

Saldo Final: R$ 0

Neste exemplo, a família está utilizando todo o seu rendimento mensal, sem déficit nem superávit. Se fosse necessário cortar despesas, a família poderia revisar itens variáveis.

Por outro lado, se houver uma meta de aumentar a poupança, seria interessante buscar maneiras de aumentar a receita ou reduzir as despesas.

Mas e então, já planejou o orçamento? Chega de espera! Não deixe de compartilhar esse post com a família e comente qualquer dúvida!

Escrito por: